Sobre quando eu descobri que tinha muito o que aprender

Então mais um ano começou e eu tinha feito muitos planos para um ano cheio de resolução e positividade, mas eu não contava com o resto de 2013 que não tinha acabado tão bem…

Gosto de sensações novas, principalmente as negativas, acho que elas nos tornam mais fortes se conseguimos supera-las. Eu estou assim. Me sinto em uma montanha russa, nos últimos meses tenho tido muitos surtos de tristeza, de não achar sentido nenhum para nada, mas alguma força muito maior do que eu posso explicar sempre me dava um pontapé. Comecei a pesquisar e acreditar em coisas que eu nunca dei importância, comecei a me questionar sobre coisas que sempre achei idiotice e para que fique claro o tamanho do meu desespero em querer ficar bem, quis entender mais minhas necessidades como individuo e menos o que a sociedade me cobra como pessoa em meio a sua realidade.

Comecei a pensar que tudo que eu havia feito até hoje não tinha construído nada do que eu realmente pudesse mostrar e me dei conta de que isso era muito comum com outras pessoas e tinha até nome ” Crise dos 20 e poucos anos”, que loucura…e eu que achei que era tão única até em minha loucura, descubro que somos um tipo muito previsível de seres.

E que não saber o que fazer é o que acontece com todos nós em algum momento, me acalmei…respirei fundo…e agora vou tentar embarcar em minhas vontades, com um pé no chão e outro na imaginação. Enlouquecer, mas sem perder a certeza…de que nada é certo, nem a sobriedade do homem mais sábio, nem a loucura do homem mais insano. Somos mudança constante.

 

Entendi que eu posso gostar de ouvir uma música tocada por um canto branco de classe média que fala sobre como é bom curtir a vida, e que isso não vai mudar meu cárater ou consciência de mulher parda/negra o que seja que a sociedade definiu. Sei também que preciso saber não só sobre a história de pessoas que aparentam fisicamente comigo, mas que preciso saber sobre  a história do meio. E que antes de mim muitas outras pessoas vieram e elas também aprenderam muito.

 

Hoje entendi que apenas pelo fato do meu pensamento me levar para a consciência de que eu serei uma pessoa melhor no futuro, por não ter medo de tomar decisões no presente, independente dos caminhos que elas me levem, sei que isso vai realmente me tornar um ser melhor. E que se este corpo deixar de existir amanhã, minha mente continuará existindo com o pensamento de ser cada dia melhor.